A UNESCO inscreveu a antiga capital de Bagan como Patrimônio da Humanidade recentemente, em julho de 2019. Bagan foi nomeado pela primeira vez como Patrimônio da Humanidade em 1995, mas devido a conflitos militares interno no país, a nomeação foi rejeitada.
Vista do Bagan View Point
Assim como Angkor Wat, no Cambodia, Bagan é um complexo de Templos situada na cidade de Nyaung-U, menos de 10 km do Nyaung-U Airport, ponto de partida para conhecer a cidade.
Com a maior concentração de Templos Budista do Mundo, a cidade tem uma área de aproximadamente 104 km2 que podem chegar até 3 mil templos, pagodas e estupas. No passado, chegou a ter mais de 10.000 templos em seu território, porem com Invasões do Império Mongol e terremotos, o número de Templos foi reduzindo.
COMO CHEGAR
É possível chegar até Bagan de Avião, Ônibus ou de Barco.
De avião, apenas por voos domésticos saindo das cidades vizinhas principais como Yangon, Mandalay e Inle Lake, com as seguintes cias aéreas: Asian Wings Airways, Yangon Airways e Golden. – Custo médio entre U$60 - U$80 por trecho.
Já de ônibus, são 5 horas de Mandalay ou aproximadamente 9 horas de ônibus noturno de Yangon. - Custo médio de U$10 por trecho.
De Barco saindo de Mandalay com a duração de 8 a 11 horas. - Custo médio de U$40 por trecho.
É importante saber que só é possível comprar as passagens aéreas domésticas através de agências de viagens. Fomos para Bagan de Yangon com o auxilio da agência Seven Diamond.
Entrei em contato por e-mail enviando meu roteiro, e eles me mandaram as opções de voos, inclusive as promoções. De inicio nosso voo era pela Yangon Airways e alguns dias antes da viagem mudou para Golden. Eles mantiveram o mesmo valor e horário, alteraram apenas a cia aérea, o que acredito que todas são do mesmo grupo.
O voo da Golden foi tranquilo e confortável. A pensar de apenas uma hora e meia de voo, eles serviram até lanche.
ONDE SE HOSPEDAR
Bagan é dividida em 3 bairros: New Bagan, Old Bagan, e Nyaung-U. Um muito próximo do outro, todos ligados pela Anawrahta Road.
Old Bagan estão os principais templos e New Bagan os restaurantes a mais opções de Hotéis.
Os três bairros são rodeados de pagodas e estupas e se locomover por Bagan é muito fácil. Alugando uma scooter elétrica você consegue conhecer e rodar tudo em um dia, sem necessidade de guias.
Optamos em nos hospedar em Nyaung-U por ser mais próximo do Aeroporto, apenas 5 km.
Nos hospedamos no Zfreeti Hotel. Excelente atendimento, delicioso café no rooftop com vista para os balões - Lembrando que a temporada de balões são de Outubro a Dezembro-.
O hotel fornece bicicleta e tem uma piscina ótima para as tardes quentes depois de um dia inteiro de Templos!
TAXA ARQUEOLOGICA
Lembrando que o controle das notas de dólar é muito rigoroso por todo Sudeste Asiático. Eles não aceitam nenhum tipo de nota rasurada, rasgadas e principalmente antigas – antes do ano de 2.000-. Por não ser a moeda oficial deles, eles precisam garantir a troca do cambio. Isso não quer dizer que seu dinheiro é falso ou não vale em outros países.
A taxa arqueológica em Junho de 2019 estava no valor de U$19.00 por pessoa. Cobrado na saída do aeroporto.
Com essa taxa você tem direito a visitar todos os Templos do sítio arqueológico durante 5 dias consecutivos. Na entrada de cada templo terá uma pessoa checando o bilhete.
CUIDADO:
Procure pagar na moeda deles – MMK, Burmese Kyant – para não perder na conversão;
Sempre confira com cuidado o troco que derem. No próprio Aeroporto eles nos repassaram dólar rasurado de troco. Com certeza para se livrar dessas notas. (voltamos e exigimos notas novas de troco).
QUANTO TEMPO FICAR | TEMPORADA
Ficamos dois dias inteiros em Bagan, o que foi o suficiente para conhecer ao redor.
Meu conselho é ficar pelo menos 3 dias caso queria conhecer o Monte Popa, o templo no topo de um vulcão com mais de 700 degraus fora da cidade de Bagan. O trajeto tem em média de 1 a 1 hora e meia de carro, um passeio que dura o dia inteiro.
A cidade de Mandalay fica aproximadamente 200km de Bagan, uma outra opção caso queira estender sua trip.
A temporada de balões em Bagan vai de Outubro a Dezembro. Infelizmente fomos em Junho e não tivemos a oportunidade de ver os famosos balões de Bagan. Dizem que é mais bonito do que o de Capadócia.
O lado bom de ter ido fora de temporada é que pegamos a cidade vazia, sem grupo de turistas, filas e etc.
Para ser sincera, a cidade estava completamente vazia. O que adoramos!
O QUE FAZER
Como comentei no inicio, Bagan é um complexo de aproximadamente 2.000 templos, pagodas e estupas.
Diferente de Angkor Wat, no Camboja, onde a maioria dos Hotéis são distantes dos Templos, em Bagan, você encontra monumentos lindos por toda parte. Do momento que você sai do Aeroporto até o Hotel são pagodas e estupas que não acabam!
É possível se locomover por Bagan de bicicleta, carroça e scooter elétrica.
A forma mais fácil e rápida, na minha opinião, é a scooter elétrica.
Bagan é uma cidade muito quente, e ir para Templos mais distantes de bicicleta fica muito cansativo.
Apesar das carroças ajudarem as famílias locais, existe toda questão de maltrato de animais, no qual sou totalmente contra. Por isso optamos pela scooter elétrica.
Pagamos U$7.00 por dia na scooter elétrica e ela durava meio dia. Saíamos cedo para rodar pela cidade e no começo da tarde voltávamos para o Hotel para carregar as motos. Após o almoço e aquele descanso, voltávamos a rodar de scooter em busca de algum ponto para ver o pôr do sol.
O segredo de Bagan é se perder no meio das pagodas abandonadas no meio da estrada. Visitar os principais Templos, sem compromisso e apreciar a comida local.
PRINCIPAIS TEMPLOS
Os templos em Bagan internamente tem uma estrutura muito simples, particularmente eu os achei bem mais charmosos externamente, então não se preocupe se não conseguir entrar em todos.
Ananda
Dhammayangyi
Shwesandaw – Templo do pôr do sol
Shwezigon – Inspirado no Templo de Shwedagon em Yangon.
Htilominlo
Thatbyinnyu
Wetkyi-In Gubyaukgyi
Manuha
Nanpaya
RESTAURANTES
Kind to Animals, the Moon – Vegetariano
Royal Jasmine Restaurant
Khaing Shwe Wah – Vegetariano
POR DO DOL
Bagan View Point – U$5.00 duas entradas por dia
Minnanthu Village (Em frente a Villa tem um ponto para ver o por do sol) - Gratuito
East O-htein Taung Viewing Mounds – Gratuito
Bagan View Point - Vista do Aureum Palace Hotel & Resort
AJUDANDO OS LOCAIS
Myanmar é um país muito pobre e só de “turistar”, experimentar restaurantes locais e comprar artesanatos, já ajuda muito as famílias. Afinal em Bagan pelo menos, todos vivem do turismo.
O artesanato é muito forte lá, e inclusive eles produzem praticamente tudo o que consomem na cidade. Roupas, pratas, cigarros, amendoim, legumes e verduras, etc.
É muito comum os locais abordarem vendendo artesanatos, oferecerem guia para Tours ou te mostrarem algum dos inúmeros pontos para ver o pôr do sol. Infelizmente não é possível ajudar a todos. Meu coração apertava muito em relação a isso.
Teve um momento muito complicado em um dos Templos onde umas senhoras me chamaram para ver o “Buda da Sorte”. Elas puxaram meu braço e me levaram do lado de fora do Templo até um ponto aleatório e com a minha mão fizeram uma oferenda. No final da oferenda disseram que eu teria que pagar U$10 para o Buda. Fiquei chocada na hora e quando meu marido foi pagar aparecerem outras senhoras pedindo dinheiro. Sai chorando do lugar. Cuidado para não se deparar com situações como essa. Apenas diga não.
Sempre pergunte o valor de qualquer coisa antes de aceitar ajuda de qualquer pessoa. Essa “ajuda” quase sempre tem um custo. E se voce ajudar e depois não contribuir com algo, eles fazem cara feia.
Doações são sempre muito bem-vindas e normalmente quando viajamos para o sudeste asiático sempre levamos doações de roupas nossas.
MINNANTHU VILLAGE
No nosso ultimo dia em Bagan, passamos em frente a uma Villa muito humilde e fomos ver o pôr do sol em um pequeno monte em frente a esta Villa.
Uma menina de uns 14 anos, muito esperta com um inglês ótimo nos abordou perguntando se não queríamos conhecer a Villa dela. Se fosse algum adulto não iriamos, mas como o carisma dela nos tocou, fomos sem esperar nada.
Ela nos contou que estuda na escola da Villa, que aprendeu inglês lá, pratica com os turistas e que quer ser guia quando crescer.
Ela nos mostrou como são feitas todas as produções de alimento e artesanatos da Villa. Nos ofereceu chá local, amendoim e um charuto local!
Conhecemos a senhora mais velha da Villa, que inclusive com 92 estava no cantinho concentrada cuidando de uma plantação.
No final adoramos a experiencia! Compramos artesanatos e demos uma gorjeta para a nossa mini Guia, a Hnin Mama Hning <3
