Myanmar foi um país que nunca imaginei visitar. Para falar a verdade não tinha ouvido muito falar sobre, até o dia que conheci um Burmese – quem nasce em Myanmar-.
Também conhecido como Birmânia, Myanmar é um país do Sudeste Asiático que faz fronteira leste com Laos e Tailândia, e oeste com Bangladesh e Índia. Assim como a maioria dos países do Sudeste Asiático a religião predominante é o Budismo Theravada.
Ballet dos pescadores no Inle Lake
ENTENDENDO OS CONFLITOS INTERNOS DE MYANMAR
Tornando-se independente do Reino Unido em 1948, Myanmar continua enfrentando muitos conflitos internos étnicos políticos.
Após a independência, a vida política da Birmânia começou e ficar muito conturbada, começando em 1962, que por um golpe de estado aboliu-se a constituição e deu início a um governo militar. Devido a má administração do Governo, Myanmar chegou e se tornar um dos países mais pobres do mundo.
Em 1988 o povo Burmese manifestou sua insatisfação e somente em 1990 foram realizadas eleições. Apesar da recusa do governo militar em entregar o poder, o partido oposicionista ganhou com mais de 80% dos votos. Infelizmente as forças militares mantiveram o poder impedindo os líderes do partido de governarem. Parte dos líderes do partido oposicionista tiveram que fugir do país e outra parte, incluindo Aung San Suu Kyi, foi forçada a prisão domiciliar, ganhando assim o prêmio Nobel da Paz.
Em 2011 o regime militar passou a ser civil, apesar de quase toda a sua formação serem de militares.
Além disso desde dos anos 60, no início do golpe militar, os Radicais Budistas vêm atacando os muçulmanos conhecido como “limpeza étnica”.
Apenas em 2012 começou a abrir espaço para o turismo e apesar do país continuar em conflito em algumas regiões, as principais cidades de Yangon, Bagan, Mandalay e Inle Lake estão abertas para visitação e aos poucos estão sendo preparadas para receber os turistas. Para quem procura praia, a cidade de Ngwesaung também é uma região que começou a ser descoberta agora pelos turistas.
Mulheres da comunidade indígena Kayan
COMO CHEGAR
A principal porta de entrada em Myanmar é a cidade de Yangon.
Pegamos um voo direto de Singapura pela JetStar direto para Yangon; a opção mais em conta que encontramos.
Algumas das empresas que voam para a cidade são: AirAsia, Bangkok Airways, Thai Airways, Thai Smile, Etihad, Nok Air, Emirates, além das próprias companhias estatais.
VISTO
Brasileiros precisam de visto para entrar no país a emitir o visto on-line é a forma mais prática e rápida através do site: https://evisa.moip.gov.mm/Tourist.
É necessário apenas preencher o formulário on-line com suas documentações e pagar uma taxa de U$ 50.00. Após a confirmação do pagamento recebemos a carta de aprovação por e-mail em 24 horas.
A carta é válida por 90 dias a partir da data de emissão e é permitido a permanência de 28 dias no país com apenas uma entrada.
MOEDA
A moeda oficial deles é o MMK, Burmese Kyat, porém para fins de turismo todos os estabelecimentos também utilizam o Dólar.
O controle das notas de dólar é muito rigoroso por todo Sudeste Asiático. Eles não aceitam nenhum tipo de nota rasurada, rasgadas e principalmente antigas – antes do ano de 2.000-. Por não ser a moeda oficial deles, eles precisam garantir a troca do câmbio. Isso não quer dizer que seu dinheiro é falso ou que não vale em outros países.
· DICA: Não aceite receber notas antigas, rasuradas ou rasgadas de estabelecimentos. Tenha muita atenção e cuidado para não perder dinheiro ou ser passado para trás.
ONDE IR?
As principais cidades turísticas são Yangon, Bagan, Mandalay e Inle Lake. Para quem procura praia, a cidade de Ngwesaung também é uma região que começou a ser descoberta agora pelos turistas, infelizmente não tivemos a oportunidade de conhecer.
YANGON
Foi capital de Myanmar até 2006 e é a maior cidade do país. Yangon é o ponto de partida para qualquer outra cidade do país e um dia é o suficiente para conhecer a cidade.
Os principais pontos turísticos da cidade são: Sule Pagoda, Kandawgyi Lake e a famosa Shwedagon Pagoda.
CUIDADO: Ao entrar no Sule Pagoda, um staff nos acompanhou atenciosamente desde o momento do pagamento, nos mostrou onde guardar nosso sapato e explicou o templo sem que pedíssemos nada. Em momento algum avisou que aquela “atenção” toda nos custaria US 10.00 por pessoa.
No final do Templo ele nos enrolou e cobrou o serviço. Deixamos claro a nossa insatisfação da forma que ele nos abordou e pagamos apenas o que tínhamos. Fiquem atentos com essas abordagens pois é muito comum. Apenas diga não!
BAGAN
Diferente da grande Yangon, a pequena Bagan, recentemente patrimônio da Humanidade, é a cidade com a maior concentração de Templos Budista do Mundo.
A cidade tem uma área de aproximadamente 104 km2 que podem chegar até 3 mil templos, pagodas e estupas.
O segredo de Bagan é se perder no meio das pagodas abandonadas no meio da estrada. Visitar os principais Templos, sem compromisso e apreciar a comida local.
Os principais Templos são: Ananda, Dhammayangyi, Shwesandaw-Templo do pôr do sol, Shwezigon – Inspirado no Templo de Shwedagon em Yangon, Htilominlo, Thatbyinnyu, Wetkyi-In Gubyaukgyi, Manuha e Nanpaya.
Bagan também é famoso pelo passeio de balão e a temporada vai de Outubro a Dezembro.
MANDALAY
A cidade de Mandalay fica aproximadamente 200km de Bagan e é lá que fica o famoso Templo Branco, Hsinbyume Pagoda (Myatheindan Pagoda).
Comprando o Mandalay Archeological Zone ticket você terá acesso aos principais pontos turísticos da cidade como: Atumashi Kyaung, Cultural Museum of Mandalay, Kuthodaw Paya, Maharani Paya, Mandalay Palace, Paleik Paya e Shwenandaw Kyaung.
INLE LAKE
Uma surpresa boa, Inle Lake, está situada no leste do Myanmar e tem uma área estimada em 116 km² rodeado por mais de 200 Aldeias.
Famoso pelas Vilas e Jardins flutuantes, seus habitantes vivem inteiramente do cultivo das margens das águas do lago. Lá encontramos desde plantação de tomate até produção de tecido de folha de Lótus.
Além de suas próprias roupas eles também fabricam seus próprios cigarros, pratas, etc.
O principal ponto turístico da cidade é o passeio de barco ao redor do lago com paradas nas Vilas, conhecendo um pouco de como os locais fabricam e cultivam seus próprios recursos. E para fechar com chave de ouro o passeio, um Ballet dos pescadores com o cenário lindo do por do sol. Um cenário que parece um quadro de pintura!
Dois dias é o suficiente para conhecer a cidade. E para quem curte um vinho, Inle Lake tem uma vinícola chamada Red Mountain Estate. Ótimo para curtir uma tarde degustando os vinhos e apreciando a vista.
Pratos típicos do Myanmar - Sopa de lentilha e Tea Leaf Salad
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